segunda-feira, 27 de junho de 2011

Last day


Se hoje fosse seu último dia, o que vc faria? O que levaria? O que deixaria pra trás?
O que ficaria faltando que vc tanto quis? Pra onde iria? Com quem? Qual seria tua última música?
Se hj fosse seu último dia, lamento informar...mas vc não saberia.
E quanto aos que ficam, quem saberia dizer?

Deixamos tanto pra depois, tantos sonhos pra amanha, tanta coisa a dizer ...
pq a gente tem medo do amanhã. E isso soa bem irônico se vc pensar que na verdade não há amanhã.

Bom, se hoje fosse meu último dia e eu soubesse disso...
eu não teria tempo pra voltar a tocar violão, nem passear no Central Park, nem rever meus amigos de faculdade. Talvez desse tempo de passar no Morumbi, de ligar pra aquele cara que não retornou minha ligação e contar pra ele o outro lado da nossa história que ele nem imagina.

Meus pais, meus irmaõs, meus amigos... ta aí uma tarefa a menos a fazer que seria dizer o quanto são importantes pra mim e o quanto agradeço a Deus por tê-los na minha vida. Tarefa a menos sim, porque eu aprendi no inverno passado a demonstrar isso, a dizer sem medo de parecer cafona.

Aah, eu iria embora sem ouvir Jack Johnson ao vivo... seria uma grande pena.
E nunca teria dirigido um New Beatle, nem aprendido a surfar, nem visto neve, nem tido meus dois filhos, nem chamado alguém de namorado.

"Ela tinha tanta coisa pra viver.." - é o que diriam, é o que todos dizem.

Então concluo que nessa hora queria ter grana pra poder fazer tudo isso, pq toda manhã acordo e passo o resto do dia com uma única certeza "do amanhã eu não sei".

E qdo dobro meu joelho a noite, eu oro pra que todos aprendam um pouco disso enquanto há tempo e parem de desperdiçar a vida com futilidades ou magoando uns aos outros. Não sabemos o que cada um carrega, o que cada um levaria e muito menos o que deixariam... mas podemos escolher como cada um pode se sentir com relação a nós e isso importa muito.

terça-feira, 14 de junho de 2011

O que eu já quis ser quando crescer...

Médica - foi a primeira coisa que eu quis ser. Tinha meus 9,10 anos, sofria demais com a bronquite. Na minha cidade não tinha médico que oferecesse o tratamento que eu precisava, então toda semana eu faltava da escola pra ir até Piracicaba. Quem sempre me acompanhava era meu pai. Me lembro que tomava mil antibióticos e uma vacina tão forte que não podia nem sonhar em tomar AAS.
Queria achar a cura pra minha doença e poder ter ursinho de pelúcia no quarto, cortina, tapete de pêlo, boneca de pano...
O lado legal é que então eu só brincava de joguinhos e Barbie, e a modelete loira pode ser lavada, então enchia o tanque, bacia, dava banho, pintava cabelo, costurava roupinhas... ta aí porque hoje amo tanto moda.
Obs: desisti de ser médica quando me contaram que precisava mecher em gente morta.
E então cresci e como já haviam previsto minha bronquite foi embora.
Obs 2: alergias a gatos, cobertor, cortinas, poeira...persistem.

Astronauta - nas aulas de geografia descobro o quanto o mundão era lindo, enorme, gigante.. sabia o nome de estrelas, constelações, ficava a mil quando rolava alguma missão espacial, ou encontravam algum planeta novo e quando tinha eclipse não arredava o pé da janela até acabar. Fantástico viver sob a ótica que o mundo é grande demais pra gente, que tem vida lá fora [sim, acredito em ET's], e que o céu é infinito. Mas cursar Astronomia é coisa de nerd ou gente rica. E eu desisti da vida de nerd aos 12 anos. E rica também não era.
Hoje me contento com noticiários, fotos na internet... mas ainda passo algumas noites olhando pra cima, encontrando Vênus ali do lado da Lua fingindo ser estrela ou esperando algum eclipse ou chuva de asteróides.

Chiquitita - não ri, todas nascidas no final dos anos 80 pelo menos por um dia quiseram estar na Televisa, com vestidos de órfãs, balançando as perninhas, e meche meche lá, haha. Uma vez mandei cartas pra "Mili", pro "Mosca" e pra "Carolina". Outra vez mandei fazer um vestido igualzinho, e muitas vezes dançava no palco da escola, em dias de apresentação das turmas.

Servir a Aeronáutica - é sério. Enviei cartas, fiz inscrição, mas meu pai me quebrou quando trouxe um cara que servia ao Exército pra me convencer que eu não tinha estatura [alt 1,54], que o treino era super puxado e eu não aguentaria.
Lembro que chorei por isso, queria pilotar, queria estar lá fora protegendo, defendendo, olhando de cima. E eu já tinha 18 anos.

Rockstar - fazer rock que nem a Avril Lavigne [eu sei, o estilo dela não é rock, haha], tocar guitarra, cantar bem,

Psicóloga - tenho dom, juro. Gosto de ouvir, gosto de aconselhar, ajudar, entender. Entendo Suzane Ritchofen, Bin Laden, Bush e se eu não entender uma pessoa, uma situação, eu estudo a respeito até achar alguma lógica naquilo.
Meu pai não queria a filhinha estudando/morando em Campinas e a faculdade mais próxima era lá.

Jornalista - pesquisar, viajar, escrever, tirar fotos, fazer perguntas, descobrir. Ainda está nos planos.

Juiza - justiça, igualdade, poder. Elegante, com ar intocável, bem minha cara. Só preciso estudar mais um pouco e passar no concurso. Ah e usar toga e ter cartão "vale-tudo", com aluguel, combustivel e até trajes pagos pelo governo. Essa é a vida que eu quis! rs.

Promotora - mais estudos e posso ser. E correr riscos, e acusar meio mundo, e interrogar e mudar o mundo de inocentes, vítimas e todo aquele papo humanitário que eu adoro pregar.

Personal Stylist - moda, tendência, bom gosto. Seria na verdade um hobby... só aguardar algum amigo/a ficar famoso e sair por aí exercendo a arte de vestir pessoas.
cool =)

Então eu cresci e por enquanto não sou nada disso, ou talvez um pouco de cada todo dia.