terça-feira, 20 de dezembro de 2011

20/dez

É fácil esquecer um tapa quando foi você quem deu.
É fácil dizer que tudo é aprendizado quando não foi você que perdeu tempo.
É fácil levar em banho-maria quando você sabe que o erro foi seu.
É fácil dormir cedo quando não é você que tem mil perguntas sem respostas na cabeça.

É fácil ser você e cá entre nós, tenho uma inveja danada disso.
Tanta que resolvi sair por aí brincar assim também.
Algumas noites temos nos trombado e olha só pra mim,
Olha só o que me tornei...

Obrigada.
E pára com essa malandragem de dizer por aí: " cara, ela não era assim".

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Hello São Francisco!

Meus dias tem passado mais devagar desde que precisei olhar duas vezes pro mesmo ponto, para os mesmos lugares e pessoas.

Aquela fase pré-goodbye que só quem já foi embora sabe como é.
Você entra e quando está saindo grava a última palavra de cada um, o último gesto, a música que está tocando, o bichano que atravessa a rua ...
Eles estão vivendo "para sempre" , pro amanhã, deixando pra depois e eu já perdi tempo fazendo isso também, então entendo. Dou um sorriso meia boca e arrisco um até amanhã.

Alguns vão dizer que foi fuga, outros que eu já devia ter feito isso antes...
mas a única certeza é que eu estou indo e não vou procurar ninguém pra um abraço, uma lembrança ou um "eu gosto de você também", porque essas coisas não se pede, nem compra, nem vende. Coisas assim se deixa estampado, não sub-entendido.

Pouca gente caminhou comigo pelos últimos anos, poucos conheceram minhas vírgulas, meus pontos finais. Muita gente ficou esperando que eu voltasse até eu precisar mandar sinal de fumaça carimbando que eu não volto atrás, porque desejo em mim só nasce uma vez.


Mas relaxa, a gente se tromba por aí, fica bem ok? ;)

Novembro, nada doce.

Eles se disciplinaram a não demonstrar, não se importar
então elas passaram a ser treinadas por eles mesmos, a não sentir.

E assim terminava uma era que já acreditou em grinalda, tapete vermelho, lua de mel no exterior, filhos na Disney, beijos no cinema e sexo ao pôr-do-sol na praia.

Queimaram os livros de histórias e formaram uma coleção de auto ajuda, auto sobrevivência, pois o mundo agora era assim: ou dos que nada sentem ou dos que sentem muito e cansaram de bater em porta semi- aberta, mas de morador que finge dormir.